A EENM no fortalecimento muscular
Introdução
O desenvolvimento histórico da Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM) foi caracterizado por um padrão cíclico, alternando entre períodos de grande popularidade e de total desprezo.
Nas últimas décadas, dois fatores precipitaram um interesse renovado sobre os efeitos da EENM em músculos inervados. O primeiro, foi o desenvolvimento de novos tipos de estimuladores, mais versáteis e mais acessíveis para EENM. O segundo fator se refere aos relatórios na metade dos anos 70, sobre a eficácia dos programas de EENM para desenvolver a força em atletas de elite, em indivíduos saudáveis e, por extensão, sua utilidade no tratamento de músculos enfraquecidos (Alon, 1999).
Em 1976, nos Jogos Olímpicos de Montreal, atletas soviéticos foram observados utilizando EENM associada aos exercícios voluntários como técnica de fortalecimento muscular. No ano seguinte, durante um simpósio sobre aplicações da EENM, o cientista soviético Yakov Kots afirmou que produzia contrações musculares intensas - de 110 a 130% da Contração Voluntária Máxima - sem nenhum desconforto, em atletas de elite. O treinamento de 3 a 4 semanas teria produzido ganhos de força de 30 a 40%, bem como ganhos funcionais. Pesquisadores ocidentais reconheceram rapidamente o potencial de tal técnica e logo iniciaram estudos planejados para comprovar os resultados do pesquisador soviético.
É bem evidente que as limitações documentais de metodologia, procedimentos e análise estatística, impediram a reprodutibilidade dos trabalhos do Dr. Kots. Embora os estudos ocidentais não tenham confirmado seus achados, eles sustentaram o ponto de vista de que a EENM poderia vir a fortalecer um músculo inervado. Os trabalhos mais recentes nesta área focalizaram não somente os efeitos da EENM sobre o músculo normal, mas também no controle de uma variedade de desordens musculares, comumente encontradas em pacientes.
Princípios l Parâmetros l Tipos de EENM
Eletrodos de Estimulação l Referências Bibliográficas